Nunca te esqueças de quem és!
Olha-te ao espelho todos os dias e reconhece na tua cara a justiça, a serenidade e a coragem. Na rua, levanta a cabeça com orgulho. Ainda que mais ninguém saiba, estarás lá para nos proteger a todos e, quando necessário, agirás, sem hesitação.
Nunca te esqueças de quem és porque, no dia seguinte, terás de olhar novamente o espelho e continuar a reconhecer na tua própria cara, a justiça, a serenidade e a coragem.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Domingo desportivo

Quem não se recorda dos tempos aureos da RTP (confesso que a escolha do canal não é inocente, face à tinta que esta estação de televisão tem feito correr) em termos de futebol, quando transmitia 3 ou 4 jogatanas por semana e, no domingo à noite, qual ex-libris, apresentava uma síntese de tudo o que era bonito de se ver, um verdadeiro resumo alargado que compilava os golos e as grandes defesas, e deixava de fora as cacetadas e o tempo perdido por jogadores de qualidade e proveniência duvidosas a atar as botas nos últimos 10 minutos do jogo.

Na altura, ninguém achava mal. Hoje, é a diferença entre imagens brutas e editadas...

Em tudo o que é pisado e repisado, há-de haver uma altura em que alguém faça a síntese, em que alguém resuma tudo o que foi dito e aproveite apenas o que tem interesse.

No assunto da recolha de imagens por parte da PSP, a propósito da manifestação de 14 de Novembro, muito foi dito. Quase tudo asneira.

Permito-me partilhar um artigo que, quanto a mim, é o domingo desportivo de mais uma polémica sem substância, num país cada vez mais pródigo neste tipo de jornalismo.

Vasco Graça Moura conseguiu, em meia dúzia de linhas, fazer em resumo das jogadas mais importantes, dos lances de golo mais perigosos, e das defesas mais espetaculares.

Segue o link:


O facto de o ter feito em apenas um artigo, com uma dúzia de parágrafos, significa que os jornalistas tendencialistas, os fazedores de opinião de isenção muito questionável e os pseudo comentadores de conhecimentos muito pobres andaram este tempo todo a queimar tempo e a distribuir cacetada.

Esta sim, em inocentes desprevenidos, que não deviam ter que levar com isto cada vez que folheiam o jornal ou ligam a televisão...

DBL

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Classificados

Têm surgido, ultimamente, alguns anúncios de pessoas mais ou menos bem (in) formadas que querem vender o seu produto.

Até aqui, tudo normal.

Faz parte das regras de mercado que, numa política de venda mais ou menos agressiva, se tente iludir o consumidor a comprar aquilo que se está a vender, ainda que o produto não seja exatamente aquilo que vem no rótulo.

Os exemplos de vendedores ambulantes de opinião são inúmeros, e permito-me destacar apenas os que me estão mais frescos na memória.

1.       Secretários de Estado que chamam guardas aos polícias e que os comparam a funcionários públicos;
2.       Ex-Presidentes de países amigos que louvam a GNR pela sua brutal experiência no controlo de motins em Portugal;
3.       Historiadores que acusam a PSP de cargas feitas em pontes… pela GNR;
4.       Vítimas inocentes do holocausto de 14 de Novembro de 2012 que acham perfeitamente normal conviverem (partindo do salutar princípio de que até não tinham nada a ver com aquilo) com duas horas de chuva de pedras, assim como ignorarem ordens legítimas da força de segurança para dispersar, cometendo assim um crime (para os menos avisados, momento legalista deste comentário, artigo 304.º do Código Penal);
5.       Advogados destas vítimas do holocausto de 14 de Novembro, que juram a pés juntos, sem nunca lá terem estado, que estes inocentes foram vítimas da brutalidade excessiva dos polícias e do atropelo dos seus direitos;
6.       Jornalistas que patrocinam e dão tempo de antena, até à exaustão, a todo este conjunto de pessoas.

Vale tudo!

Ora, se a política de mercado para vender opinião à custa da Polícia permitiu chegar até aqui, não me levarão a mal que aproveite o ensejo para vender o meu próprio produto também, aproveitando esta secção de classificados que estes senhores brilhantemente construíram.

E o que é que eu vendo? Exatamente, estes mesmos senhores (e outros que tais), mal formados ou mal informados, que produzem opinião sobre factos, pessoas e instituições que não conhecem (mas deviam conhecer), abordando assuntos de forma leviana e superficial, criando na opinião pública confusão e conflito social.

Vendo baratinho.

Na altamente provável possibilidade de ninguém os querer comprar, troco-os. Por silêncio.

DBL

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Declarações do Vereador da CML sobre a PSP

O Exm.º Sr. Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Nunes da Silva, hoje, em entrevista à Rádio TSF, admitiu que a PSP não tem meios nem ordens de multar, que anda distraída e tem falta de vontade em trabalhar, pelo que se irá instalar um sistema automático de leitura de matrículas para garantir a proibição de circulação de certos veículos na baixa de Lisboa.

1. Ainda bem que a PSP, como instituição centenária, não obedece a ordens da Câmara Municipal de Lisboa, pois se assim o fizesse, estava nesta altura a cometer um sem número de irregularidades:
a) a acompanhar, em escolta, veículos de grandes dimensões proibidos pela legislação rodoviária;
b) a permitir que se realizem inquéritos nas horas de ponta, prejudicando a fluidez de tráfego de milhares de automobilistas que se deslocam para os locais de trabalho e para casa;
c) a autuar e remover viaturas sem qualquer estratégia, nem prioridade, por mera indicação economicista;
d) a fazer escoltas a vereadores e a outras entidades que, protocolarmente e por motivo de risco, não têm qualquer direito a elas;
e) a regularizar trânsito em obras sem licenciamento.

2. Mas, e ainda relativamente aos meios a adquirir pela Câmara Municipal, supostamente para colmatar as falhas da PSP, questiona-se:
a) quanto irão custar as 15 câmaras de leitura automática de matrículas?
b) tanto quanto custaram os radares ?
c) para que efeitos? para os mesmos efeitos daqueles?
d) estarem parados porque a Polícia Municipal e Câmara Municipal não têm capacidade para levantar e processar todos os autos de notícia (automáticos) das infracções por eles detectadas?
e) quantos autos verificados, desde a instalação dos radares, foram arquivados por prescrição?
f) quantos é que não foram sequer levantados embora o sistema automático os tivesse detectado?
g) quanto tempo é que este “investimento” irá durar?
h) terá a Polícia Municipal capacidade para processar todos os autos que este equipamento consegue detectar?
i) ou acontecerá como nos radares que estão a ser utilizados descontinuadamente por falta de capacidade para levantar os autos todos?

3. Porque é que será que o Sr. Vereador usa, e prejudica, a imagem de uma Polícia centenária para justificar mais uma aquisição desnecessária, ou que não será rentabilizada?

4. Porque é que a Câmara Municipal de Lisboa promove, desde há muito tempo, a passagem de efetivos da Divisão de Trânsito para a Polícia Municipal se eles não são aptos nem tem ordens para actuar?

5. Será para poderem fazer, sem qualquer intervenção do poder central, o indicado no ponto 1?

AF